Eduardo Fogaça, da Rádio Cidade de Tubarão, foi marcado pelos manifestantes.
As eleições chegaram ao fim. No entanto, a aceitação de muitos ainda não caiu, e milhares de brasileiros foram às ruas contestar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lula venceu Jair Messias Bolsonaro (PL), atual presidente do Brasil, no segundo turno. Poucos dias depois, manifestantes pró-Bolsonaro acabaram fechando rodovias em vários estados, bem como se unindo em frente ao quartel e pedindo intervenção militar.
Os atos, que são considerados antidemocráticos, pioraram ainda mais após alguns manifestantes hostilizarem um repórter da Rádio Cidade de Tubarão, no sul de Santa Catarina. A agressão aconteceu ainda no dia 17 de novembro, durante uma transmissão ao vivo ao Jornal da Cidade, programa da Rádio Cidade.
Eduardo Fogaça foi alvo de agressão verbal após uma fala envolvendo o presidente, com um homem e uma mulher chamando a imprensa de “lixo” e dizendo “quem ele acha que é?”.
O Jornalistando entrou em contato com o repórter, e que comentou sobre os ataques que acabou sofrendo durante a reportagem (ouça na íntegra).
“Acredito que hoje a grande dificuldade para ser repórter no Brasil é que a gente acaba não sabendo o que vai acontecer”, disse Eduardo em entrevista ao Jornalistando. “Aquele evento que eu fui hostilizado na manifestação me pegou de surpresa. Bastante de surpresa, pois eu tinha ido lá outras vezes.”
Ainda houve a tentativa de interromper a transmissão da reportagem, com o homem colocando a mão na frente da câmera enquanto a discussão aumentava.
O repórter ainda foi fotografado pelos manifestantes, na tentativa dele ser reconhecido caso fosse novamente no local.
Veja o momento em que Eduardo começa a ser alvo de dois manifestantes.
Entrevista: Ramon Cancellier
Edição: Bianca Coan
Matéria: Gabriel Rodrigues Silveira
Créditos do vídeo: Rádio Cidade