Grandes sagas estão de volta ao cinema!

Por Vitor Wolff

Desde 2021 (ano passado) grandes produtoras de cinema começaram a trazer filmes que fizeram muito sucesso de volta às telonas. A Warner (antes de ser comprada pela Discovery) relançou O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel. Para comemorar os 20 anos de estreia do longa-metragem.

E a empresa repetiu a mesma proeza. Relançando Harry Potter e a Pedra Filosofal nos cinemas, como o mesmo objetivo. Comemorar os 20 anos da obra. Em 2022 a mesma coisa aconteceu com a Câmara Secreta (sequência). E parece que a Warner fará isso com os outros longas da saga.

Outras produtoras aderiram o movimento. A Summit Entertainment está relançando durante todo o mês de dezembro a saga Crepúsculo nos cinemas. E com o mesmo motivo, comemoração do lançamento do primeiro filme. Só que aqui não são 20 anos e sim 10.

Já a Star (Antiga Fox) relançou o filme Avatar nos cinemas em novembro, não por comemoração. E sim, para os fãs lembrarem da história do longa, que teve sua estreia nas telonas no ano de 2009. E não chegarem para assistir a continuação Avatar: O Caminho da Água, sem entender nada.

Não importa se foi para comemorar uma data especial ou apenas para refrescar a memória. Os fãs receberam uma enxurrada de nostalgia que saia de uma tela de 15,24 metros de comprimento.

E foi por isso que os fãs lotaram as salas de cinema, para sentir a nostalgia. Para rever algo que marcou a sua vida e até hoje faz parte. Ou até mesmo, para ter pela primeira vez a experiência de assistir o filme que tanto ama nas telonas.

A doutora em comunicação, Heloisa Juncklauss. explica melhor a relação do imaginário de uma pessoa, com a vontade de querer assistir novamente um filme. “Todas as narrativas incluindo aí as narrativas ficcionais. Elas nos dão a oportunidade de imaginar a realidade. Nos colocar frente a realidade e imaginar situações, personagens, cenas que nos ajudam a lidar então com essa realidade. A ficção ela não tem um compromisso, nem com a verdade e nem com a mentira. Justamente porque ela está no plano do imaginário. Ela mobiliza essas imagens que fazem sentido, que a gente reconhece e produz sentido. E como tal pode servir tanto para organizar esse nosso real como para fugir dele ou dele se proteger por meio de uma ilusão. Então é esse movimento que a ficção nos atrai. Nos coloca frente a frente com possibilidades de realidades. Mesmo aquela que é ilusória na ficção. Mas nos faz pensar, nos liga a imagens,que são reconhecidas no nosso imaginário”, afirma Heloísa.

“E isso nos faz pensar não só sobre a realidade, mas sobre nós mesmos. Então por isso que a ficção, as narrativas ficcionais nos atraem tanto e porque as pessoas têm determinadas preferências, de se vincularem a certas narrativas, a certos personagens, a certos estilos de ficção e isso acaba acontecendo de maneira recorrente” continua.

“Então esse vínculo, imagético, do porque mobiliza imagens do nosso imaginário que fazem sentido pra nós. Mesmo que inconscientemente, mas a gente vai produzindo, sentido e trabalhando a realidade. Organizando esse nosso real a partir dessas ficções imaginárias. Imaginárias no sentido de produtos do imaginário, de tecnologias do imaginário, que mobilizam imagens e sentidos coletivos”, conclui o pensamento.

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