EM RESUMO: CORONA VÍRUS NO BRASIL E NO MUNDO

O Brasil se tornou o segundo país com o maior número de infectados pelo novo coronavírus, contabilizando mais de um milhão de casos e mais de 50 mil mortes. Atrás somente dos Estados Unidos que possui mais de 2,3 milhões de casos confirmados. Um dos fatores que contribuíram para o salto dos números de contágio foi às medidas tomadas pelo país, que diferentemente de outros, não optou pelo lockdown para evitar a propagação do vírus.

A grande taxa de infectados faz surgir à preocupação em relação ao sistema de saúde do Brasil. Quais medidas os profissionais da saúde estão adotando para atender pacientes com Covid-19? Principalmente no atual momento, onde o número de casos é crescente, com risco iminente de haver um colapso na saúde pública.

Aline de Souza Rosa da Silva é médica Oncologista e também, chefe de serviço de Oncologia do Hospital Nossa Senhora Conceição, em Tubarão/SC. Em entrevista a nossa equipe, nos contou que as quimioterapias não foram modificadas, levando em consideração que este tipo de tratamento não pode parar, uma vez que, podem resultar em agravantes ao câncer daquele paciente. Por isso, algumas medidas foram tomadas, como pessoas que estão com algum sintoma gripal não ficam no mesmo ambiente, distanciamento social, uso da máscara e distribuição de álcool em gel para todos os pacientes do hospital. “Uma coisa que diminuiu, foi o número de primeiras consultas, porque como varias consultas eletivas foram suspensas, as pessoas não estão fazendo exames preventivos, isso pode ser uma preocupação muito grande em médio prazo, isso pode atrasar o diagnostico de câncer dos pacientes e com isso, eles podem chegar com um estágio mais avançado”, relatou a médica.

Apesar do país não apresentar um cenário positivo durante a pandemia, Santa Catarina foi considerado o melhor estado do Brasil em desempenho no enfrentamento do coronavírus. O estudo feito pelo Centro de Licença Pública (CLP) mostra que o estado adquiriu uma nota de 20,41.O ranking avaliou a proporção de casos confirmados, a evolução dos casos e o porcentual de mortes pelo vírus. Além também de analisar os mesmos indicadores para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), fornecidos pela Fiocruz, o Índice de Transparência da Covid-19, da Open Knowledge Brasil, e dados de isolamento social, do Google. O segundo melhor estado no combate a Covid-19 foi o Rio Grande do Sul com a nota de 27,29 e Amapá foi o terceiro, com 28,24.

Uma das estratégias que fez Santa Catarina liderar o ranking com o melhor desempenho foram as medidas adotadas já no inicio da pandemia. O estado foi uma das primeiras unidades federativas a aplicar o isolamento, suspendendo as atividades não essenciais e o transporte público. Além disso, foi necessário fazer grandes investimentos na área da saúde, como mostra o gráfico abaixo:


A técnica de enfermagem, Maria Aparecida da Silva, atua como agente de saúde em uma Unidade Básica de Saúde em Tubarão/SC. Cida, como é carinhosamente conhecida pelos colegas de trabalho, acabou contraindo o novo coronavirus e foi está sendo obrigada a ser isolada de todos. Os principais sintomas sentidos por Cida foram à perda do paladar e olfato, febre a falta de ar. Apesar de ainda estar em isolamento, já sente que os sintomas estão diminuindo e acrescentou “Estou isolada em um quarto da minha casa e tenho meu banheiro separado. Então meu marido deixa minhas refeições e coisas que necessito na porta do quarto. O único tipo de contato que temos é por mensagens e vídeo-chamada. Quanto a roupas minhas e roupa de cama, eu tiro e coloco em um saco de lixo e deixo na porta. Meu marido pega e leva direto para a máquina de lavar. Estamos tendo cuidado para mais ninguém pegar o vírus.”. E quis deixar um recado a toda à população, “isso vai passar, espero que todos tomem cuidados para não contrair. Usem máscara, respeitem os decretos. Isso é muito importante e pode salvar vidas que nem imaginamos (…).”


Cada indivíduo, em frente a uma pandemia, lida de alguma forma. Os profissionais da saúde, apesar de ser uma situação relativamente nova, precisam saber se adaptar e lidar da melhor forma possível. Karla Dal Bó Michels é médica pediátrica e segundo ela, está lidando bem com a situação, “como todo médico, a gente é acostumado com situações de risco. Ainda mais nós que somos médicos de frente hospitalar, de UTI. Então a gente é bastante acostumada a lidar com estresse”. Além disso, se protegendo com todas as medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. Esta forma de lidar com a pandemia e as medidas de higiene necessárias, também são os parâmetros seguidos pela Aline, médica Oncologista.

Karla deixou um recado para toda a população. “Paciência, eu acho que essa é a palavra chave. Como já tivemos outras pandemias na história, a gente sabe que isso vai passar. Que todo precisa trabalhar para sobreviver, mas a gente precisa se conformar em ser um ano mais recluso, de menos giro econômico para todo mundo. E que a gente precisa manter esse distanciamento para não se contaminar e não contaminar os outros. Então que a gente consiga ter paciência e manter todas as recomendações das autoridades sanitárias. A gente sabe que tudo isso realmente existe, que pode ser um de nós, da nossa família e a gente precisa se cuidar e cuidar dos nossos”.

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