“Não se sabe se alimentos transgênicos fazem mal! ” Diz especialista

Alimentos geneticamente modificados (AGM). O termo parece ser assustador. Quando se fala em manipulação genética, milhares de polêmicas são levantadas. De fato, a manipulação do DNA de alimentos na natureza tem provocado debates acalorados na comunidade científica. O principal argumento de muitos cientistas é o de que há várias evidências demonstrando que a manipulação genética de alimentos aumentou os casos de câncer e de outras doenças pelo mundo, como o famoso estudo realizado por pesquisadores franceses em 2012, relacionado ao milho transgênico NK603. Entretanto, o mesmo trabalho foi contestado por uma centena de outros estudos feitos posteriormente, como três estudos publicados na Europa em 2018.
O Brasil cultivou cerca de 50,2 milhões de hectares de culturas em 2017, segundo dados do relatório “20 anos de transgênicos: benefícios sociais, econômicos e sociais no Brasil”. O documento faz um apanhado geral sobre a introdução e produção de transgênicos no país.
As primeiras sementes, como conta o estudo, vieram da Argentina e foram plantadas no Rio Grande do Sul, embora de maneira clandestina, pois o assunto não era regulamentado no Brasil. De lá para cá, a produção só cresceu. Dentre os alimentos transgênicos produzidos no Brasil, estão o milho, a soja, o algodão e a cana-de-açúcar.
No entanto, há muitas polêmicas em torno do uso dos transgênicos do Brasil. Mesmo com a rigorosa legislação para a plantação dos transgênicos, o Brasil é o segundo país que mais cultiva o produto no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Várias batalhas judiciais foram travadas com o objetivo de regularizar a produção dos transgênicos.
Os defensores da prática alegam que o cultivo de alimentos geneticamente modificados ajuda a reduzir o uso de agrotóxicos, ao tornar os alimentos mais resistentes à pragas e problemas climáticos. Já as pessoas contrárias comentam que o cultivo e o consumo são prejudiciais à saúde e ao meio-ambiente, além de não terem reduzido o uso de agrotóxicos.
O médico veterinário e professor da Unisul, Joares May, comentou a respeito do assunto “acho o máximo, que bom que a gente usa tudo isso (alimentos e organismos geneticamente modificados), quanto de cargas de defensivos agrícolas foram economizados? Esse é o problema, a gente não vê para o que serve. ”
Segundo o professor, os alimentos transgênicos funcionam com a modificação de DNA, que possuem aminoácidos que agrupados, formam códons, que formam proteínas. A transgênese seria a mudança das posições dos aminoácidos presentes em uma molécula de DNA, para que este forme uma proteína que seja resistente a determinado problema ou combata uma praga. “Quando eu falo em transgênico, eu falo de mudar uma letra dessa do DNA, para que quando ela se tornar proteína, essa proteína possa produzir do leite de uma cabra, insulina. Eu não precisaria tomar injeção, apenas beber o leite de insulina. “
“O transgênico, na verdade, a gente não sabe se é bom ou ruim. Porque que o transgênico foi feito? Ele foi feito para poder se usar menos defensivos agrícolas, então, a nossa taxa de toxicidade é muito mais baixa. Mas ainda não há estudos o suficiente para concluir se os transgênicos fazem mal. O transgênico vai produzir um organismo mais resistente às pragas, só que quando as pessoas leem transgênicos, elas imaginam uma mutação. “

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