Professores auxiliam alunos com necessidades especiais a terem prazer em estudar e frequentar a escola.
Em muitas situações do cotidiano, são os professores da educação primária que notam o embaraço do aluno com um provável quadro de insuficiência física ou intelectual.
Sendo assim, o professor pode e deve por lei avisar os familiares e auxiliar esse educando na procura por tratamento e meios dispostos para continuar sua jornada escolar com qualidade. E para isso eles têm o apoio de organizações como a APAE, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e a AEE, Atendimento Educacional Especializado.
As pessoas por trás dessas entidades têm como objetivo apresentar todas as ferramentas para que esse aluno em união com a escola e responsáveis, possa alcançar não só as notas necessárias para passar pelo sistema educacional como criar de fato desejo de conhecimento e educação.
Segundo a diretora de políticas de educação especial do Ministério da Educação, Martinha Dutra dos Santos, “a escola constitui-se em espaço privilegiado para o reconhecimento e a valorização da diferença, como fator de desenvolvimento integral dos seres humanos”. Em outra fala a diretora ainda reforça, “Em uma escola inclusiva todos se beneficiam quando a diversidade se torna motivo de aprendizagem e de respeito mútuo.”
Exemplo de aprendizado inclusivo
A professora Cléria Leandro Reis de Imbituba (SC), que atua como regente na rede municipal de ensino. Na sala de aula dela tem de uma a três crianças especiais, que estão nas turmas de 2.º ano.
A escola onde a professora trabalha é em si um núcleo de AEE, nela os alunos especiais são acompanhados até a quinta série. A educadora Cléria não é especializada em educação especial, por isso em sala ela tem ajuda de duas outras docentes que são especializadas na situação e atuam como corregentes. Elas ajudam o aluno neuro divergente adaptando o planejamento, transformando as atividades propostas, de forma que fiquem mais atraentes para esses alunos em especial.
A professora Cléria relata que a maior dificuldade em relação aos alunos com quadro de insuficiência física ou intelectual é, na verdade em relação aos pais e responsáveis pelos mesmos. “Quando relatamos aos pais dessa criança os fatos que percebemos em aula, e que podem significar um desvio no processo de educação dela, muitas vezes os pais não aceitam, trocando a criança de turma ou de escola. Se não isso, eles procuram sim investigar, e quando se constata uma neuro divergência, por exemplo, eles criam uma resistência enorme pelo acontecimento, um luto pelo quadro.”
É nesse momento que os órgãos de ajuda entram em ação, são eles que instruem os pais a procurarem ajuda psicológica para lidarem com esse luto, também são eles que auxiliam no encontro de instituições de ensino com capacidade de atender as necessidades da criança durante todo o caminho estudantil que ela virá a percorrer, entre muitas outras coisas.
A turma da professora Cléria deu a ela uma certeza, crianças que lidam com colegas neuro divergentes e especiais, aprendem de maneira mais concreta sobre diversidade, pela rotina em conjunto. “O que uma criança vivencia, ela não esquece” diz a professora.