Síndrome respiratória: alta de casos gera alerta na população e equipes de saúde. Entenda o que é, os sintomas, a prevenção e o tratamento

Com as baixas temperaturas e a proximidade do inverno, também aumentam os casos de doenças respiratórias como gripe, resfriado, covid-19,entre outras Apesar da ampliação do número de leitos na rede pública, nas últimas semanas o número de casos relacionados às síndromes respiratórias mantém-se elevado. No Brasil, 19 dos 26 estados, mais o Distrito Federal, apresentam sinais de crescimento a longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo

“As mudanças de temperatura estão relacionadas a pacientes com doenças respiratórias crônicas. A variação de temperatura acaba fazendo com que o paciente tenha uma redução da imunidade e aumenta a possibilidade de internação ou de um tratamento mais intensivo”, diz o Dr. Lars Thales Escobar, médico pneumologista de Tubarão.

Dados da Fiocruz, divulgados na quarta-feira, dia 1°, apontam o crescimento de casos de Covid-19 nas tendências de longo e curto prazos. Cerca de 59,6% de casos testados e positivados são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com identificação viral.

De acordo com Lars, os casos de Síndromes Respiratórias incluem sintomas de dor no peito, saturação de oxigênio abaixo de 95%; dispneia, desconforto respiratório, ou uma pressão torácica. Além disso, os pacientes podem apresentar cor azulada nos lábios, rosto e extremidades dos dedos. Nas crianças, pode ocorrer obstrução nasal. Também pode haver manifestações de síndrome gripal, como febre repentina, calafrios, dor de garganta e de cabeça, tosse, coriza e ausência e/ou dificuldade em perceber cheiro/sabor.

“O paciente, sentindo algum desses sintomas, deve procurar um pronto atendimento, pois a doença é aguda, grave e muitas vezes precisará fazer o uso do oxigênio, antibiótico, ou antivirais. O tratamento depende muito do quadro clínico apresentado. É preciso realizar exames laboratoriais e direcionar corretamente o paciente para uso de antibióticos”, enfatiza o médico.
Muitos dos pacientes internados acabam precisando de transferência para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Conforme o especialista da área, a indicação para a UTI é multifatorial. Geralmente são encaminhados os pacientes que estão com rebaixamento do nível de consciência ou pneumonia extensa. O médico também destaca que a maioria dos pacientes que vão para UTI precisam de ventilação mecânica.
A recomendação é que as pessoas continuem usando máscaras em locais fechados, lavem as mãos e evitem aglomerações.

Vigilância Epidemiológica alerta

Na sexta-feira, 27 de maio, a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe ampliou o público-alvo, passando a incluir também crianças de 5 a 11 anos. Um dos motivos para a decisão foi a pouca procura dos grupos prioritários até o momento.

Segundo o último boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desde fevereiro, crianças dessa faixa etária, e também de 0 a 4 anos, têm permanecido nos casos predominantes da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Em razão do retorno às aulas, é esperado um aumento do vírus sincicial (VSR), responsável por muitas das infecções das vias respiratórias e pulmões. No entanto, o alerta tem se ampliado em decorrência da incidência de Covid-19.

Segundo o boletim epidemiológico da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) de 17 de maio, a taxa de ocupação de leitos de UTI pediátrica para tratamento de síndromes respiratórias em crianças tem alcançado índices de 100%. Trinta e sete municípios catarinenses se encontram em estado de alerta.

Diante da situação, a DIVE/SC voltou a reforçar as medidas de proteção à população, em especial às crianças, contra a “influenza”, a Covid-19 e o VSR. Dentre elas estão: a frequente higienização das mãos com água e sabão; o uso do álcool gel 70%; a limpeza e desinfecção de superfícies e objetos tocados por muitas pessoas com frequência; evitar aglomerações. E, ainda ressalta: “utilizar máscaras como parte de uma estratégia abrangente para proteção individual e coletiva contra infecções respiratórias, em especial a COVID-19”.

A DIVE/SC, também afirma que a maior indicação ainda continua sendo a vacinação. “A baixa adesão à vacinação geralmente é algo que tem ocorrido nos últimos anos e podemos creditar essa queda a fatores como: o excesso de fake news que têm causado dúvidas nos pais, quanto à segurança e a eficácia das vacinas, além da falsa sensação de segurança ao pensarem que crianças não têm risco de adoecer gravemente e, até mesmo, morrer em decorrência de diversas doenças”. E segundo dados do boletim, apenas em 2022, 51.828 casos de Covid-19 foram confirmados, com 544 internações de SRAG e 16 óbitos em crianças e adolescentes de 0 a 17 anos.

A vacinação contra a gripe teve início no dia 4 de abril e segue até esta sexta, 3 de junho.

Editora: Mara Barreto Sinhosewawe Xavante

Texto e imagens: Ariadne Marcelino e Matheus Gomes

Vídeo: Isadora Zarbato e Isabel Silva

O lixo depois do Uni TSE derruba perfis de Carla Zambelli nas redes sociais. BrazilCore E-sports: O que são? Mulheres terão participação recorde nas eleições de 2022 Da monarquia ao parlamentarismo: um giro nas formas de governo ao redor do mundo. Uma mão na caneta e outra na terra A vida e a Morte da Rainha e o Novo Rei!