Polícia Federal preparou agentes para que possam manter em segurança os candidatos à presidência no Brasil.
Com a elevada tensão das eleições deste ano, a Polícia Federal reforçou a segurança dos presidenciáveis, assim tentando impedir que uma fatalidade com qualquer candidato possa vir a ocorrer.
No entanto, o esquema que é inédito, não aconteceu não fortemente assim em 2018, ano o qual Jair Messias Bolsonaro (União Brasil), levou um golpe de faca em Juiz de Fora, Minas Gerais. Na época, a situação comoveu apoiadores, bem como teve uma onda de ódio por parte de adversários. Bolsonaro foi submetido à uma cirurgia, e isso não o impediu de vencer as eleições de 2018, assumindo o cargo oficialmente em 1º de janeiro de 2019.
Recentemente, a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu uma tentativa de assassinato na frente de sua casa, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Porém, a arma acabou não disparando, e o atirador foi detido. A vice-presidente conta com uma equipe de segurança de 100 policiais federais.
Os ataques são ainda mais antigos, e não se limitam ao Brasil. Dois dos assassinatos mais conhecidos do mundo aconteceram nos Estados Unidos, e justamente, com presidentes que pareciam mudar o rumo do país em seus respectivos mandatos.
Retomando a história
O primeiro e mais famoso é o assassinato de Abraham Lincoln em um teatro, em pela apresentação de uma peça, no ano de 1865. Com o fim da Guerra de Secessão (ou Guerra Civil Americana), que aconteceu entre 1861 e 1865, dividiu a região Norte e Sul. Enquanto a região Norte, mais industrializada, queria a abolição da escravidão, a região Sul era contra, visto que precisava de mão de obra escrava para as plantações de algodão.
Em 14 de abril, Lincoln foi assassinado ao lado de sua esposa e do general Ulysses S. Grant, do lado da União. Um confederado descontente, e contrariado com o presidente, atirou contra Lincoln e conseguiu fugir. Posteriormente, em 26 de abril, o assassino de nome John Wilkes Booth, resistiu às autoridades e acabou sendo morto. Este foi o primeiro assassinato de um presidente renomado, que estava desprotegido, mesmo que um general estivesse em seu camarote.
Não tão diferente, aconteceu em 1963, na cidade de Dallas, no Texas, o assassinato de John F. Kennedy. O presidente dos Estados Unidos estava com sua esposa ao lado, e em um carro sem capota, facilitando sofrer um tiro na cabeça. Ele morreu poucas horas depois, e o assassino foi preso.
Como vai funcionar?
O início da operação se deu no dia 16 de agosto, e a Polícia Federal fez o treinamento de cerca de 300 agentes para a segurança. Foi destinado pela Polícia Federal R$ 57 milhões ao trabalho de segurança dos presidenciáveis, dos quais, R$ 32 milhões para a compra de equipamentos e R$ 25 milhões empregados em custos operacionais. Os agentes receberão, individualmente, diárias de R$ 220 para capitais e R$ 170 para cidades do interior.
Além disso, os partidos devem passar a agenda dos candidatos aos agentes com 48 horas de antecedência. Também, para ter a proteção da PF, os candidatos devem solicitar formalmente o auxílio. Caso optem por não querer, poderão contratar seguranças particulares.
Segundo a normativa da PF, cada postulante ao planalto terá uma equipe de 21 policiais federais. No entanto, dependendo de sua posição nas pesquisas e o histórico de atentados e incidentes, será definida uma nova quantidade de agentes. Os agentes são preparados para estar 24 horas com o candidato.
“A maior crítica que vem tendo é que a polícia tem de ser independente o suficiente para que não haja influências político-partidárias. As pessoas que trabalham nesses setores devem ter imparcialidade, principalmente nas chefias”, ressalta Flávio Werneck, escrivão da PF e presidente licenciado do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal.