Auxílio ao grupo de risco: corrente do bem é realizada em meio à pandemia

Em um momento tão delicado como o que passamos no mundo inteiro devido ao Coronavírus, a solidariedade é essencial para o convívio. É esse entendimento que leva jovens da região a ajudarem o grupo de risco com saídas externas. A estudante de medicina Maria Eduarda Grasel, por exemplo, tomou a iniciativa de colocar um comunicado no elevador do seu prédio, em Tubarão, se dispondo a fazer as compras de mercado e farmácia para aqueles que precisam.

Com oferta de compras para vizinhos e apresentação musical nas janelas, brasileiros criam alternativas para ajudar o coletivo a enfrentar os desafios do isolamento social. Foi com a viralização desse movimento nas redes sociais que Maria Eduarda se inspirou para o ato generoso. A jovem decidiu, então, fixar um bilhete no elevador, escrito à mão, para chamar a atenção. Nele, ela escreveu: “(…)me coloco a disposição de quem estiver no grupo de risco, ou quem apenas não se sinta seguro para sair de casa. Precisando da minha ajuda para ir ao mercado, farmácia ou outro lugar é só me chamar!”. E informou seu número de telefone e apartamento.

Maria Eduarda com roupa típica da profissão. Imagem: Arquivo Pessoal.

A estudante relata que ainda nenhum dos residentes a procurou. Ela continua à disposição.  “Sinto que os moradores do meu prédio não se sentem confiantes ainda para esse tipo de ajuda,” esclarece. Entretanto, o gesto motivou outros vizinhos a deixarem seu nome e contato no papel.

O sentimento de medo é algo presente na população mundial. Os dados são alarmantes: no Brasil até o fechamento desta matéria (28/04) haviam mais de 4700 casos de óbito confirmados devido ao COVID-19. As incertezas e o desconhecido nos deixam retraídos de certa forma. Porém, mesmo com todo o medo, a medicina continua sendo a escolha de Maria Eduarda:

“Como estudante fico muito apreensiva quanto à colaboração (para o isolamento) de cada cidadão, principalmente idosos, diabéticos, hipertensos, tabagistas, entre outros. É um momento extremamente delicado, e acredito que os profissionais que atuam na linha de frente e o próprio sistema de saúde, mais do que nunca, necessitam da atenção e colaboração de toda a população.”

Santa Catarina afrouxa quarentena

Na quarta-feira (22/04) o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), liberou o funcionamento de estabelecimentos como restaurantes, bares, shoppings, galerias e academias. Com essa mudança apenas as aulas e transporte público continuam suspensos.

Na opinião de Maria Eduarda, é uma grande irresponsabilidade “afrouxar” a quarentena por questões políticas/econômicas, pois as consequências a partir de uma posição política são muito importantes nas comunidades. Para ela, a canalização correta de verbas e fundos para a saúde nesse momento seria o ideal, mas infelizmente é uma proposta em que o Brasil não pode confiar fielmente.

“A quarentena é de extrema importância, porque sem ela pode ocorrer a superlotação de instituições de saúde e consequente precariedade no atendimento geral”, descreve. “Nesse momento (quando ocorre a superlotação), as pessoas não morrem por consequências do COVID-19, morrem porque os pacientes não tiveram acesso ao atendimento adequado ou sequer tiveram acesso ao atendimento básico. Acredito que conter a disseminação através do isolamento nesse momento seja imprescindível”.

Matéria: Maria Luiza Inácio.

Imagem principal: Maria Luiza Inácio.

Edição: Laura Arezio.

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