Um dos maiores jogos da história do futebol tubaronense

Em uma partida de nove gols, o Tubarão quase eliminou o gigante Athlético-PR da Copa do Brasil

Em tempos de quarentena e esporte parado, a melhor coisa a se fazer é recordar. E a minha recordação não vai tão longe, nem na data e nem na localização.  Mas é um dia histórico e que já parece distante na mente do povo tubaronense.  No dia 21 de fevereiro de 2018, o Clube Atlético Tubarão, então treinado por Waguinho Dias e atual campeão da Copa Santa Catarina 2017, pisaria no gramado da Arena da Baixada – estádio de Copa do Mundo – para realizar uma partida épica.

O favoritismo era todo do Athlético-PR. É bem verdade que, se o jogo era épico para o torcedor tricolor antes mesmo de começar, para o rubro-negro era apenas mais um enfrentamento diante de um desconhecido.  Mas o desconhecido foi gigante. Não só dentro de campo, pois o clube interiorano levou 200 torcedores que viajaram 422 km. E pode perguntar todos eles se foi um bom investimento. A resposta será que valeu cada centavo dos R$ 100,00 cobrados naquele dia. 

O primeiro tempo não foi dos melhores. O Tubarão segurou o forte time mandante comandado por Fernando Diniz, hoje no São Paulo. Após o apito final do árbitro e o encerramento do primeiro tempo, vaias ecoaram para o mandante da noite. A volta do intervalo já veio com algo esperado naquela noite. Bergson teria a missão de fazer o primeiro dos 8 gols que ainda viriam. O que o atacante atleticano não esperava era ver o volante Matheus Barbosa subir mais alto que todo mundo para empatar a partida e mudar o cenário do jogo.

Quando todos pensavam que o Athlético reagiria novamente, o lateral-esquerdo Jean alçou uma bola na área – como se fosse com as mãos – e Batista testou para a rede. O descontrole estava formado na torcida visitante. Mas em algum momento a camisa pesada do Athletico-PR faria diferença. Após falha do goleiro Belliato, do Tubarão, Matheus Rosseto tratou de igualar o marcador. E o técnico Diniz, que nessas alturas era chamado de burro, comemorou quando Guilherme, de pênalti, protagonizava uma nova virada para o time paranaense.

Já eram 31 minutos do segundo tempo. O estilo ofensivo do time de Waguinho Dias nem pensava em baixar a guarda. Lucas Costa, em nova bola aérea, empatava novamente a partida, agora em 3 a 3. Com esse placar, o jogo já seria lembrado por muitos como uma grande partida. Mas tinha mais. Após passe milimétrico de Romarinho, Daniel Costa colocava na rede o que seria mais uma virada do Tubarão. Uma virada que poderia valer a classificação à terceira fase da Copa do Brasil. Classificação que seria única na história da Cidade Azul como já era aquela partida.

Ali já eram 39. Mas o jogo só termina após o apito final. E a torcida tricolor, que já comemorava uma classificação, viu Thiago Heleno, aos 45, empatar, e Felipe Gedoz, em um chutaço, virar o jogo e dar a classificação aos paranaenses. 5×4. Épico. Mesmo não classificando, lembro que o torcedor do Tubarão saiu orgulhoso do estádio. E os que viram pela tv lamentaram não ter viajado para a capital paranaense. Foi um dos grandes jogos do futebol brasileiro em 2018, o que eu tenho o orgulho de ter registrado da beira do campo como repórter.

Por: César Augusto.

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