Um problema que vai muito além do Nordeste

Desde o início de setembro começaram a surgir manchas de óleo em diversas áreas do Nordeste. Dois meses depois os vazamentos continuam já tendo atingido 9 estados nordestinos em 132 locais diferentes, tendo interditado praias e prejudicado a fauna local. Sem que a origem tenha sido identificada, os vazamentos de óleo continuam provocando diversas consequências para o meio ambiente local. Apesar de ser, por enquanto, um acontecimento local, o problema vai muito além do Nordeste e nos apresenta diversas questões a serem levantadas aqui na nossa região.

Um dos principais desafios dos grandes centros urbanos é o saneamento básico. Em pleno século XXI milhares de pessoas no Brasil ainda sofrem com doenças de veiculação hídrica, como amebíase, giardíase, hepatite infecciosa, cólera entre outras, por causa da inexistência ou inadequação do tratamento de esgoto. Em Tubarão, o esgoto sempre foi jogado in natura, diretamente no rio, ou seja, por toda a história a cidade azul teve seu principal cartão postal poluído de forma descontrolada.

Qual a importância de se tratar o esgoto?

         A água, além de ser o recurso mais essencial para a nossa sobrevivência, também está presente em várias atividades fundamentais do nosso cotidiano. O esgoto é o destino da água após a utilização humana, isso significa que ela vai carregada de incontáveis microrganismos e resíduos causadores de doenças e que podem prejudicar o meio ambiente. Um dos resíduos mais comumente descartados junto com a água do esgoto é o óleo de cozinha, que entre os muitos danos que pode causar ao meio ambiente está o aumento do aquecimento global.

         Em dezembro do ano passado, a Fundação do Meio Ambiente de Tubarão (Funat) realizou uma campanha de arrecadação de óleo de cozinha, a fim de conscientizar a população para a destinação correta do óleo, já que, segundo dados da Prefeitura Municipal de Tubarão, um litro de óleo pode poluir aproximadamente 20 mil litros de água. O óleo arrecadado será aproveitado para a produção de biodiesel que poderá ser utilizado para abastecer caminhões de coleta seletiva de lixo, ônibus escolares, ambulâncias, viaturas, entre outros veículos de uso municipal.

Acompanhe a editoria de meio ambiente.

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