Semana é marcada por greve de estudantes na UFSC

Por conta dos cortes no orçamento, alunos catarinenses seguem protestando desde setembro com greve estudantil.

Após assembleia realizada em 10 de setembro, alunos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), decidiram em votação feita por cédulas, começar por tempo indeterminado uma greve geral estudantil. O motivo principal seria a busca da liberação dos recursos bloqueados em maio pelo Governo Federal do orçamento das universidades públicas e também se opõem ao programa Future-se, anunciado pelo Ministério da Educação. Se nada for alterado, a paralisação pode durar até o final do ano. A decisão ocorreu em frente a reitoria na capital.

Além disso, em outras instituições ocorrem ainda protestos contra as nomeações de reitores que não foram eleitos em processos internos de votações. As manifestações acontecem em todo o Brasil e os alunos catarinenses foram os primeiros a aderirem ao ato.

Na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em Chapecó, a pressão ocorre após a nomeação do reitor Marcelo Recktenvald, após ter sido o terceiro colocado em consulta pública da comunidade universitária. Seu nome acabou sendo selecionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, desagradando parte da comunidade acadêmica.

Chamado de Movimento Ocupa UFFS, os alunos ocupam há três semanas a reitoria, justamente por não reconhecer o novo escolhido. Segundo os estudantes, a autonomia universitária não foi respeitada, com a não escolha da chapa vencedora.

Após três semanas, em Florianópolis, as entradas da UFSC amanheceram nesta quinta-feira, 10, com barricadas e cartazes espalhados pelo local. Pedaços de madeiras e lixeiras impedem o acesso à duas das três entradas. Enquanto uma equipe liberava os acessos, retirando as barricadas, um grupo de estudantes decidiu bloquear a rotatória em frente à entrada pela Rua Lauro Linhares. Uma equipe da Polícia Militar foi deslocada ao local para auxiliar no desvio do tráfego.

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Polícia militar organiza o trânsito em frente à UFSC
Foto: Gabriel Lain/Diário Catarinense

Greve segue mantida

De acordo com o Jornal A Hora, o movimento grevista segue até o dia 17 de outubro, após uma nova assembleia realizada na última sexta-feira, 04. Ainda não há por parte do Diretório Central dos Estudantes (DCE) um número exato de quantos cursos aderiram à greve. A reitoria estuda como deverá repor as aulas através de um grupo de trabalho que já iniciou os estudos.

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